Foto: Divulgação

Disney encerrará canais no Brasil e focará no streaming: saiba os detalhes

A Disney anunciou mudanças significativas em suas operações no Brasil. A partir de fevereiro de 2025, a empresa encerrará a transmissão de diversos canais de TV por assinatura, uma decisão que marca uma nova fase estratégica focada no fortalecimento do Disney+, sua plataforma de streaming.

Os canais afetados incluem grandes nomes como Star Channel, FX, Cinecanal, Nat Geo, Disney Channel e Baby TV, que marcaram gerações de espectadores no país. A ESPN, no entanto, continuará sendo transmitida no Brasil, garantindo uma presença nos pacotes de TV por assinatura, pelo menos por enquanto.

A decisão foi comunicada às principais operadoras de TV a cabo, como Claro e Sky, que já preparam mudanças em seus pacotes para 2025. A Disney justificou a medida com base no desempenho de audiência dos canais, que atualmente não alcançam os números esperados pela empresa.

O impacto da era do streaming

A reformulação é um reflexo da crescente preferência dos consumidores por serviços de streaming. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que a TV por assinatura perdeu quase metade de sua base de assinantes nos últimos dez anos. Em fevereiro de 2024, o número de assinantes era de 10,1 milhões, uma queda expressiva em relação ao pico de 19,6 milhões registrado em 2014.

Essa redução drástica representa uma perda de 9,5 milhões de assinantes em uma década, levando o setor a registrar a menor cifra dos últimos 14 anos. Para se ter uma ideia, os números atuais se aproximam dos registrados em 2010, quando a TV paga contava com apenas 9,6 milhões de assinantes.

O futuro da Disney no Brasil

Com a saída da TV por assinatura, o Disney+ será o centro das atenções da empresa, concentrando o conteúdo dos canais que serão descontinuados. Além disso, outras produções exclusivas e sucessos de bilheteria devem reforçar o catálogo, mantendo a plataforma como um dos pilares do entretenimento doméstico.

Essa mudança segue uma tendência global da Disney e outras empresas do setor, que enxergam no streaming um modelo mais lucrativo e alinhado aos novos hábitos de consumo.

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