Christopher Langan, considerado o homem com maior pontuação já registrada em testes de QI – entre 190 e 210, muito acima da média atribuída a Albert Einstein –, apresentou uma teoria singular sobre a morte e a existência no universo. Aos 72 anos, o criador de cavalos e ex-segurança de bar dos Estados Unidos defende que a realidade seria uma autossimulação computacional e que a morte seria uma transição para um plano dimensional superior. Ele compartilhou essa visão no podcast “Teorias de Tudo” com o youtuber Curt Jaimungal.
Segundo Langan, ao morrer, a consciência – ou “alma” – deixa o corpo físico e retorna à origem da realidade, operando em um novo estado de existência. Essa transição, segundo ele, não está ligada aos conceitos tradicionais de céu e inferno, mas a um sistema complexo de linguagem universal que regula a realidade. Ele sugere que, nesse novo plano, memórias da vida física podem ser acessadas, mas geralmente não há motivos para revisitar essas lembranças.
Em sua explicação, Langan define a morte como “o término do relacionamento com o corpo físico particular”. Após essa etapa, a pessoa poderia receber um “corpo substituto” ou permanecer em um estado meditativo, observando mudanças no universo. Ele também argumenta que múltiplas vidas e reencarnações seriam simultâneas, ocorrendo no que ele chama de “domínio não terminal”.
Apesar de seu alto QI, Langan nunca concluiu a faculdade e desenvolveu sua teoria fora do meio acadêmico tradicional. Seu trabalho mais conhecido é o “Modelo Teórico-Cognitivo do Universo” (CTMU), no qual ele propõe que a realidade é composta por informações estruturadas em forma de linguagem. Segundo sua visão, o universo é “transtemporal”, ou seja, eventos de uma linha do tempo podem influenciar outros. Ele também acredita na existência de uma “panconsciência”, que conecta todas as informações e seria a origem do próprio universo.
No entanto, Langan também é uma figura polêmica. Suas ideias sobre eugenia e relações inter-raciais atraíram críticas e levaram a que ele fosse associado a grupos da extrema direita nos Estados Unidos. Embora suas teorias sobre a existência sejam intrigantes para alguns, suas posições sociais e filosóficas têm limitado seu alcance acadêmico.
Em “Teorias de Tudo”, Langan afirmou que sua visão sobre a morte busca ir além dos modelos simplistas e religiosos. Ele descreve Deus como a identidade das propriedades universais que observamos, mas não como uma divindade tradicional. Para ele, a realidade é uma “linguagem” que governa tudo e permite a transição da consciência entre planos de existência.