Foto: Divulgação

Míriam Leitão é eleita para a Academia Brasileira de Letras

A jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita nesta quarta-feira (30) para integrar a Academia Brasileira de Letras. Com 20 votos, ela venceu a disputa para a cadeira número 7, anteriormente ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, falecido em fevereiro. Míriam se torna a segunda mulher a ocupar essa cadeira e a 12ª a ingressar na ABL em toda a história da instituição.

Emocionada com a escolha, a jornalista celebrou: “Nunca escrevi com essa ambição, mas os livros me trouxeram até aqui. É um momento de enorme responsabilidade e também de gratidão.”

A votação ocorreu por meio eletrônico e teve como segundo colocado o ex-ministro Cristovam Buarque, que obteve 14 votos. O presidente da ABL, Merval Pereira, destacou que a nova integrante carrega uma trajetória intelectual que dialoga com os valores da casa: “Míriam é uma autora de múltiplos interesses, atenta às questões sociais, ambientais e políticas que atravessam o Brasil contemporâneo.”

Mineira de Caratinga, nascida em 1953, Míriam Leitão construiu uma carreira sólida tanto no jornalismo quanto na literatura. Iniciou sua trajetória profissional na década de 1970 e passou por veículos como Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil antes de ingressar no Grupo Globo, onde atua há mais de três décadas. Hoje, é colunista, comentarista e apresentadora na GloboNews.

Sua obra inclui 16 livros publicados, entre eles títulos premiados como Saga Brasileira e Amazônia na encruzilhada. Míriam também escreve literatura infantil, área em que conquistou prêmios importantes como o da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).

Além da produção literária, recebeu diversas distinções jornalísticas ao longo da carreira, incluindo o Prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, e o Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos.

Com a eleição, a escritora se une ao seleto grupo de intelectuais que compõem a ABL, ocupando uma cadeira cujo patrono é o poeta Castro Alves e que já teve nomes como Afrânio Peixoto e a escritora Dinah Silveira de Queiroz.

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