O SBT marcou para esta segunda-feira (14) a estreia do programa “No Alvo”, mas a exibição da primeira edição, que tem Pablo Marçal como entrevistado, está envolta em polêmica. O empresário e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo entrou na Justiça para tentar impedir a veiculação do episódio após se incomodar com o conteúdo gravado. Marçal havia assinado previamente um termo autorizando o uso irrestrito de sua imagem, mas, segundo apuração do site TV Pop, buscou reverter o acordo ao alegar constrangimento com as perguntas feitas durante a gravação.
A tentativa de censura foi mencionada publicamente por Murilo Bordoni, durante o programa “Turma do Ratinho”, na rádio Massa FM. De acordo com ele, os advogados do SBT estão tentando barrar uma possível liminar que inviabilizaria a estreia. O conteúdo ainda consta na programação da emissora, mas há dúvidas sobre sua exibição até que a questão judicial seja resolvida.
“No Alvo” propõe um formato de entrevista frontal, baseado em tensão e confronto. Inspirado no antigo “O Advogado do Diabo”, exibido pela TV Manchete nos anos 1980 e 1990, o programa tem como marca perguntas diretas e incômodas, com a promessa de colocar os convidados contra a parede. As chamadas promocionais apostam no tom provocador com frases como “quem tem coragem de encarar?” e “aqui não existe zona de conforto”.
Além de Marçal, outros nomes já passaram pelas gravações do programa, como Guilherme Boulos, Rita Cadillac, Leo Dias, Márcia Goldschmidt, João Kléber, Geraldo Luís e Sikêra Júnior. Em uma das participações mais controversas, o ex-governador João Doria chegou a abandonar o estúdio após se irritar com uma pergunta sobre o vazamento de um suposto vídeo íntimo em 2018. Disse ter se sentido desrespeitado e recusou-se a continuar.
Mesmo diante da tentativa de censura, até o fechamento desta edição, o SBT mantinha a estreia de “No Alvo” confirmada em sua grade. A emissora não se pronunciou oficialmente sobre o processo movido por Marçal.