MC Paiva, funkeiro e influenciador digital nascido no Campo dos Alemães, em São José dos Campos, foi alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo nesta quinta-feira (12). Com 22 anos e mais de 8,3 milhões de seguidores nas redes sociais, o artista é investigado por um esquema de pagamento de propinas a policiais civis para evitar a fiscalização de rifas ilegais promovidas na internet.

A operação Latus Actio II realizou buscas em endereços ligados ao cantor em São José dos Campos e Mogi das Cruzes, resultando na apreensão de itens de luxo, como uma Lamborghini e um cordão de ouro com a inscrição “Magnata,” além de uma pequena quantidade de maconha. A ação também envolve outros dois MCs e três policiais civis.

MC Paiva começou sua carreira em 2020 e rapidamente ganhou notoriedade com o hit “Casei com a Putaria,” que liderou as plataformas de streaming em 2022. Outros sucessos incluem “Bandido Não Dança” e “Doce Veneno,” que acumula mais de 14 milhões de visualizações no YouTube.

Apesar do sucesso, o funkeiro é conhecido por suas polêmicas. Em março de 2023, foi detido em São José dos Campos por dirigir um Porsche sem placas e desacatar policiais. Ele também protagonizou brigas públicas, como um confronto em um estacionamento da cidade e desentendimentos com sua mãe, expostos nas redes sociais.

O empresário de MC Paiva, Sedemir Peliciari Fagundes, também está envolvido em investigações. Em maio deste ano, foi preso em uma operação que encontrou joias, dinheiro, drogas e um arsenal de armas em sua residência.

A operação contra MC Paiva reforça o foco das autoridades no combate a crimes organizados envolvendo figuras públicas e redes sociais. Até o momento, o funkeiro não se manifestou sobre as acusações.