Conhecida por papéis marcantes na televisão brasileira, a gaúcha Rejane Schumann, de 74 anos, foi localizada em condições degradantes em seu apartamento, na capital do Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (3). A ex-atriz global, que também construiu carreira como jornalista, advogada e apresentadora, apresentava sinais de desnutrição e fragilidade mental.
O caso veio à tona quando a protetora de animais Deise Falci, acompanhada da Polícia Civil, foi até o local para resgatar quatro cães e três gatos que viviam com a artista. Ao entrar no imóvel, encontrou não apenas os bichos em situação difícil, mas principalmente a própria moradora em estado crítico, sem alimentação adequada e vivendo em meio a sujeira acumulada.
Deise relatou nas redes sociais o impacto do encontro: o cheiro forte de urina e fezes tomava conta do ambiente, a geladeira estava completamente vazia e a atriz, extremamente magra, dormia em um colchão impróprio para uso. Apesar disso, os animais recebiam ração regularmente — sinal de que, mesmo em dificuldade, ela priorizava o cuidado com seus companheiros.
Comovida, a protetora organizou um mutirão de voluntários que rapidamente levou alimentos, produtos de higiene e um novo colchão para Rejane. O apartamento passou por uma grande limpeza, devolvendo alguma dignidade ao espaço. Em vídeo gravado após a ação, a atriz agradeceu às pessoas envolvidas e celebrou o ambiente renovado: “Tenho que agradecer. Tudo limpo, casa limpa”, disse emocionada, abraçando as ajudantes.
Os animais resgatados foram encaminhados para adoção, conforme a vontade da própria Rejane. Já a artista permanece em casa, sob os cuidados e atenção de pessoas próximas.
Carreira marcada por sucessos
Rejane Schumann brilhou em grandes produções da Rede Globo, como “O Astro” (1970), “Espelho Mágico” (1977), “Dancin’ Days” (1978) e “Pai Herói” (1979). No cinema, atuou em filmes como “Ana Terra” (1971), “Núpcias Vermelhas” (1975) e “A Quadrilha do Perna Dura” (1976).
Hoje, sua trajetória artística contrasta com a realidade de abandono e doença, revelando a vulnerabilidade de figuras públicas que marcaram gerações, mas que, em silêncio, enfrentam o esquecimento e a solidão.