Foto: Reprodução

Bruno Fagundes fala sobre homofobia, afeto em público e a importância de estar na Parada LGBT+

O ator Bruno Fagundes, de 36 anos, participou neste domingo (22) da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo e aproveitou o evento para refletir sobre o significado político da celebração e os desafios que ainda cercam a vivência LGBTQIA+ no Brasil.

Filho dos artistas Antônio Fagundes e Mara Carvalho, Bruno compartilhou que evita demonstrar afeto em público por já ter sido alvo de violência motivada por homofobia. “Infelizmente, o medo ainda nos acompanha. A agressão que sofri deixou marcas que vão além do físico. É por isso que estar aqui hoje tem tanto peso. É um ato de visibilidade e resistência”, afirmou, durante passagem pelo Camarote Pride.

Com uma camiseta que homenageava o Stonewall Inn, bar símbolo da revolta de 1969 em Nova York que deu origem ao movimento moderno pelos direitos LGBTQIA+, Bruno reforçou a conexão entre o passado e o presente: “É fundamental lembrar de onde viemos. O tema deste ano, que fala sobre envelhecer dentro da comunidade, também é sobre manter vivas as histórias e os enfrentamentos de outras gerações.”

Em conversa com a imprensa, o ator falou ainda sobre o processo de aceitação familiar. Ele contou que assumir sua orientação sexual foi um caminho repleto de nuances, apesar do apoio vindo de pais que são figuras conhecidas no meio artístico. “Cresci num ambiente privilegiado, mas mesmo assim enfrentei barreiras. Nos anos 1990, havia muito menos abertura para esse tipo de conversa. Foi um aprendizado também para minha família, algo que se construiu com o tempo.”

Bruno destacou que, apesar dos avanços, os direitos da população LGBTQIA+ ainda precisam ser defendidos diariamente. “A Parada não é só festa. É uma forma de lembrar que respeito, dignidade e existência ainda não são garantidos para todos. Precisamos continuar atentos, porque nada disso é definitivo.”

 

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