Foto: Divulgação

Carlinhos Maia é denunciado por transfobia após comentários sobre Liniker

O influenciador digital Carlinhos Maia foi formalmente denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) nesta quarta-feira (25) por transfobia, após se referir à cantora Liniker utilizando pronomes masculinos de maneira debochada em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram. A denúncia foi apresentada por duas entidades que defendem os direitos da comunidade LGBTQIA+ no Nordeste e ganhou repercussão nacional após as redes sociais criticarem amplamente o episódio.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, o caso foi encaminhado à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), responsável por proteger os direitos fundamentais no Brasil. O MPF agora avalia as provas apresentadas para decidir se dará continuidade ao caso com a abertura de uma investigação formal.

O incidente aconteceu na noite de terça-feira (24), durante uma viagem de Natal com amigos. Em um vídeo, ao mencionar uma música interpretada por Liniker, Carlinhos Maia usou pronomes masculinos em tom de zombaria:

“Você foi para o show dele, dela, delu, dolu, de Liniker. Dele! Mas ele cantou como dela com Priscila Senna do Recife. Vou colocar a música aqui, porque o que importa é a música”, afirmou o influenciador.

Após a repercussão negativa, o vídeo foi apagado, mas Carlinhos continuou a provocar a comunidade LGBTQIA+ em outras postagens.

“Não quero pedir desculpas”, diz Carlinhos Maia

Carlinhos Maia se pronunciou novamente em seu Instagram, reconhecendo o uso incorreto do pronome, mas justificando sua atitude pelo consumo de álcool. Ele ainda criticou a militância LGBTQIA+ com desdém:

“Eu coloco as músicas da Liniker aqui no Instagram faz anos. Ontem, eu estava completamente embriagado. Eu tento estudar, mas sempre me atrapalho, sempre surge uma sigla nova. É o mundo falando mal de mim.”

Apesar de admitir o erro, o influenciador afirmou categoricamente que não pediria desculpas:

“Fica aqui não uma desculpa, porque não quero pedir desculpa, mas a Liniker é ela. Fica esse carinho aqui nela, vou continuar ouvindo, e a comunidade vá pra p*** que p****, não preciso de vocês para nada.”

As declarações intensificaram a indignação nas redes sociais, especialmente entre ativistas LGBTQIA+, que classificaram os comentários como transfóbicos e desrespeitosos. As entidades responsáveis pela denúncia pedem uma resposta firme do MPF, destacando a importância de combater atitudes discriminatórias contra pessoas trans.

 

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