Divinas Divas

“Divinas Divas,” sob a habilidosa direção de Leandra Leal, é um documentário que se destaca por várias qualidades notáveis. Uma das principais é a forma como ele aborda com sensibilidade o tema do envelhecimento das travestis, destacando a resiliência e a força dessas artistas ao longo das décadas.

O filme nos apresenta a um grupo extraordinário de artistas transformistas, incluindo Rogéria, Jane Di Castro, Divina Valéria, Camille K, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Brigitte de Búzios e Marquesa, que conquistaram reconhecimento nos palcos do Rio de Janeiro e no mundo nas décadas de 1960 e 1970. Cada uma delas desempenhou um papel significativo na cena do transformismo no Brasil, contribuindo para a arte e a representação dessa comunidade.

À medida que acompanhamos suas vidas, tanto nos momentos de brilho sob as luzes dos holofotes quanto em suas experiências pessoais, desenvolvemos uma profunda conexão com cada uma dessas figuras icônicas.

“Divinas Divas” humaniza suas protagonistas, mostrando-as em situações cotidianas, revelando suas alegrias, tristezas e desafios à medida que envelhecem. O documentário é uma celebração da beleza e da vitalidade da arte do transformismo que transcende as barreiras do tempo e da idade.

Além disso, o filme destaca a incrível luta dessas artistas pelos direitos humanos e pela aceitação da comunidade LGBTQ+. Em uma época em que a diversidade de gênero não era reconhecida e a discriminação era desenfreada, essas mulheres corajosas desafiaram as normas sociais e abriram caminho para futuras gerações.

Leandra Leal demonstra talento e sensibilidade em sua direção, escolhendo contar essa história de maneira respeitosa e envolvente. A cinematografia e a trilha sonora contribuem para criar uma atmosfera que nos transporta para a glamorosa era do transformismo no Brasil.

“Divinas Divas” é um uma celebração a diversidade, a resiliência e sobre a importância de dar voz a histórias que inspiram empatia e compreensão.

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