Foto:Montagem / Reprodução

Izabel Reis: A mulher que faz o céu mais Azul

Há mulheres que sonham. Há mulheres que realizam. E há aquelas que, como Izabel Reis, desafiam o horizonte e transformam cada desafio em um novo destino. Seu nome não está apenas na história da aviação comercial, mas nos céus do Brasil, em cada voo, em cada cidade conectada, em cada colaborador da Azul que sob o seu comando acredita que as coisas são no máximo improváveis, jamais impossíveis.

Desde menina, os aviões a fascinavam. Não apenas pelo que eram, mas pelo que representavam: movimento, velocidade, liberdade.

Cresceu entre histórias de superação, filha de imigrantes portugueses que, como ela faria anos depois, atravessaram mares em busca de um futuro. Mas Izabel nunca quis apenas olhar para o céu. Ela queria fazer parte dele.

Aos 18 anos, tentou três vezes uma vaga no recém-inaugurado Aeroporto de Guarulhos. Na terceira, foi aceita como agente aeroportuária. Parecia um começo pequeno, mas para ela, era o primeiro passo de uma trajetória que mudaria sua vida e, mais tarde, o setor aéreo brasileiro. De cada decolagem, aprendeu que altura não é um limite, mas um convite.

Rota para o impossível

Durante 22 anos, Izabel construiu uma carreira sólida em uma grande companhia aérea. Foi a segunda mulher a atuar como balanceadora na aviação brasileira, em uma época onde os céus ainda eram território predominantemente masculino. Cada conquista vinha acompanhada de desafios, mas sua determinação era maior que qualquer barreira.

Foi gerente regional de aeroportos, se especializou, estudou administração, fez um MBA em gestão estratégica e uma pós-graduação em gestão de pessoas. Mas o aprendizado real vinha do dia a dia, de cada voo acompanhado, de cada equipe liderada, de cada problema transformado em solução. Seus olhos estavam sempre voltados para o futuro.

Em 2009, aceitou um novo desafio: integrar a Azul Linhas Aéreas, ainda em seus primeiros dias, quando a companhia operava em apenas seis aeroportos. Deixou para trás um cargo de gerência para assumir uma posição de coordenadora. Poderia parecer um retrocesso para alguns, mas para ela, era uma oportunidade de construir algo novo, de plantar raízes em um solo fértil, de crescer junto com a empresa.

E cresceu. Com a fusão da Azul com a Trip, em 2012, viu a companhia dobrar de tamanho. Seu talento foi essencial para integrar operações, conectar times, fortalecer processos. Sempre ao lado de sua equipe, Izabel não liderava apenas com números, mas com inspiração. Sabia que o verdadeiro voo acontece quando se dá espaço para que outros também cresçam.

O céu como destino

Em 2018, assumiu a diretoria da Azul Cargo Express, a unidade de transporte de cargas da Azul. A missão? Transformar um setor inteiro. O desafio? Reestruturar processos, melhorar infraestrutura, expandir a capilaridade da empresa.

Sob sua liderança, a Azul Cargo Express cresceu exponencialmente. Hoje, atende mais de 5.000 cidades e possui 300 lojas espalhadas pelo Brasil. Aposta na logística ágil e eficiente, conectando negócios, encurtando distâncias, tornando possível o que antes parecia improvável. São mais de 10 milhões de pacotes transportados, mas o que importa não são os números. São as histórias por trás deles.

Quando o mundo parou durante a pandemia, Izabel soube que a Azul Cargo Express não podia parar. Adaptou-se, transformou aviões de passageiros em cargueiros, levou insumos médicos e vacinas para os lugares mais remotos do país. A logística não era apenas um serviço. Era uma missão.

Hoje, quando uma encomenda cruza os céus e pousa com precisão em um destino antes inalcançável, há mais do que tecnologia envolvida. Há a visão de quem ousou enxergar além das rotas traçadas, além dos mapas desenhados, além das regras impostas.

Izabel Reis lidera 700 tripulantes, mas sua presença vai além dos números. Está em cada um que aprendeu com ela que trabalho é mais que meta, que liderança é mais que comando, que sucesso é mais que lucro. Está nas mulheres que, ao vê-la ocupar um cargo de poder, acreditam que também podem chegar lá. Está na coragem de quem entende que os maiores voos começam no chão, mas sempre mirando o infinito.

Na Semana Internacional da Mulher, o portal “Viva Noite” celebra mulheres que transformam, que desafiam os ventos, que fazem do impossível apenas uma questão de tempo. Celebramos Izabel Reis, a mulher que fez do céu seu destino – e que, com certeza, ainda tem muitos voos pela frente.

O céu nunca foi o limite. O céu foi apenas o começo.

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