A defesa do compositor brasileiro Toninho Geraes, autor do clássico “Mulheres”, consagrada por Martinho da Vila, celebrou como uma “vitória histórica” a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que determinou a remoção da música “Million Years Ago”, de Adele, de todas as plataformas de streaming no Brasil e no exterior. A decisão marca um importante capítulo no processo de plágio movido pelo brasileiro contra a cantora britânica.

Embora ainda não haja uma sentença definitiva sobre o plágio, a Justiça determinou a retirada da música devido à “semelhança indisfarçável” entre as composições. A acusação, que surgiu em 2020, foi formalizada na Justiça do Rio em 2021 e, desde então, tornou-se um caso de repercussão global.

Segundo Toninho Geraes, a melodia de “Million Years Ago”, lançada em 2015, é muito semelhante à de “Mulheres”, composta em 1995 e imortalizada na voz de Martinho da Vila. O caso chama atenção para os desafios de proteger a originalidade de composições nacionais frente ao mercado internacional.

Com a decisão, Adele e sua equipe precisarão recorrer para tentar reverter a ordem judicial. Enquanto isso, a defesa de Toninho Geraes destaca o impacto da medida como um marco na valorização dos direitos autorais de artistas brasileiros.