O nome do escritor Marcelo Rubens Paiva passou a ser discretamente sondado por membros da Academia Brasileira de Letras. Autor de obras marcantes como “Feliz Ano Velho”, “Blecaute” e “Ainda Estou Aqui”, Marcelo tem sido lembrado como um nome capaz de representar a literatura brasileira contemporânea dentro da Casa de Machado. Até o momento, ele não manifestou oficialmente interesse em disputar uma das cadeiras.
A aproximação ocorre em um momento de movimentação interna na ABL. A cadeira número 7, que pertencia ao cineasta Cacá Diegues, já conta com treze candidatos inscritos — entre eles, a jornalista e escritora Miriam Leitão, considerada por muitos a favorita.
A Academia também se prepara para a sessão de saudade em homenagem à acadêmica Heloísa Teixeira, marcada para a próxima quinta-feira. Na semana passada, foi comunicado o falecimento do jurista Marcos Vinicios Vilaça, ex-presidente da instituição e figura de enorme relevância na história da ABL.
Em conversa em posse do portal “Viva Noite”, uma fonte da própria Academia afirmou que há entusiasmo com a possível candidatura de Marcelo Rubens Paiva, mas destacou: “A iniciativa precisa partir dele”. A tradição da Casa é que o pretendente manifeste diretamente seu desejo de concorrer.
O historiador Fabrício Correia, membro da Academia Brasileira de Cinema, vê com entusiasmo a presença de Marcelo no cenário: “Ele é uma das vozes mais autênticas da literatura nacional. Tem densidade, tem trajetória e seria recebido com respeito. Tenho certeza de que nomes como Fernanda Montenegro o apoiariam com alegria.”
Como manda a etiqueta silenciosa da ABL, os acadêmicos evitam se manifestar publicamente sobre possíveis sucessores. No entanto, entre os corredores e bibliotecas da instituição, o nome de Marcelo Rubens Paiva já circula com a força discreta dos que fazem história — mesmo antes de aceitarem o convite.
O crítico de cinema, escritor e diplomata Edgar Telles Ribeiro será empossado nesta sexta-feira, 04/04, na sede da Academia Brasileira de Letraa. Ele ocupará a cadeira 27 na sucessão do poeta Antonio Cícero.
