Foto: Globoplay

Maurício Kubrusly retorna à TV em documentário sobre sua vida e luta contra demência

Maurício Kubrusly, aos 79 anos, voltou a emocionar o público em uma reportagem exibida no último domingo, 1º de dezembro. Conhecido por suas emblemáticas reportagens no quadro “Me Leva Brasil”, do “Fantástico”, o jornalista enfrentou um novo capítulo em sua trajetória: o diagnóstico de demência frontotemporal, uma condição degenerativa que afeta linguagem, memória e comportamento.

Sua vida e carreira serão retratadas no documentário “Kubrusly – Mistério Sempre Há de Pintar por Aí”, que estreia no Globoplay nesta quarta-feira, 4 de dezembro. A obra, dirigida por Evelyn Kuriki, mergulha em sua jornada profissional e pessoal, destacando suas quase 300 reportagens ao longo de 17 anos no programa dominical.

Beatriz Goulart, esposa de Kubrusly, revelou detalhes da rotina ao lado do jornalista, que agora enfrenta desafios cada vez maiores devido à progressão da doença. “A única pessoa que ele sabe o nome é o meu. Ele sempre fica me chamando, quer entender, quer estar junto. Mas continua gostando de todo mundo, como se fosse apresentado novamente para pessoas que conheceu há 30 anos”, contou Beatriz.

O documentário também aborda momentos delicados, como a confissão de Kubrusly sobre considerar a eutanásia após o diagnóstico. Em entrevista à “Veja”, Beatriz comentou: “Ele disse: ‘Não tenho mais o que fazer aqui’. Eu o demovi da ideia. Não vou ficar viúva, não. Mas estou me preparando para o dia em que ele esquecer meu nome.”

A música surge como um refúgio para o jornalista. Segundo a diretora Evelyn Kuriki, “com a evolução da doença, ele se apegou muito à música.” Esse laço com a arte se torna um elo emocional no documentário, que promete celebrar a trajetória de Kubrusly e ressaltar sua contribuição para o jornalismo brasileiro.

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