Foto:Divulgação

MC Poze do Rodo é preso no Rio e declara vínculo com o Comando Vermelho

O cantor MC Poze do Rodo, um dos nomes mais populares do funk carioca, foi preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e, logo após a detenção, declarou pertencer ao Comando Vermelho. A afirmação teria sido feita durante o procedimento padrão de triagem, antes de sua transferência ao sistema penitenciário estadual.

A prisão ocorreu após uma investigação que relaciona o artista a eventos realizados em áreas dominadas por facções criminosas, onde homens armados aparecem ostentando fuzis de uso restrito em meio ao público. As imagens, que viralizaram nas redes sociais, foram gravadas durante um show na Cidade de Deus, na Zona Oeste da capital, no dia 17 de maio.

Dois dias depois, uma operação policial foi desencadeada na região para apurar outras atividades ilícitas, incluindo a atuação de uma suposta fábrica clandestina de gelo. Durante a ação, um agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o policial José Lourenço, foi baleado na cabeça e morreu.

Ligação com facção e destino prisional

Após a prisão, Poze foi encaminhado à Penitenciária Dr. Serrano Neves (Bangu 3A), unidade localizada no Complexo de Gericinó e reconhecida como presídio de domínio do Comando Vermelho. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a definição do presídio segue os protocolos do estado, que buscam evitar confrontos entre detentos de facções rivais.

A prática de questionar recém-detidos sobre possível ligação com organizações criminosas é rotineira no sistema penal fluminense e tem como objetivo preservar a integridade física do preso, ainda que as informações fornecidas sejam baseadas na autodeclaração.

Repercussão e letras controversas

MC Poze é uma das figuras mais influentes do chamado “funk proibidão”, conhecido por letras que fazem referência explícita à realidade das comunidades e ao cotidiano do crime organizado. Em diversas composições, há menções diretas ao Comando Vermelho, como nos versos “CV, CV, é mais um dia de luta, nós vamo traficar”.

A prisão do funkeiro reacendeu o debate sobre os limites da liberdade artística e o papel social de artistas com grande influência nas periferias. Enquanto defensores argumentam que o artista apenas retrata a realidade que vive, setores do Ministério Público e da segurança pública veem risco na glamourização do tráfico e na validação simbólica de facções.

Até o momento, MC Poze não se pronunciou oficialmente sobre sua prisão ou sobre a declaração de pertencimento à facção. A defesa do artista também não respondeu aos pedidos de comentário.

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