O Ministério Público da Paraíba (MPPB) está investigando o influencer Hytalo Santos, de 26 anos, por suspeita de exploração da imagem de menores de idade em vídeos compartilhados com seus 17 milhões de seguidores no Instagram e 7 milhões no YouTube. O caso levanta preocupações sobre os limites do conteúdo digital envolvendo crianças e adolescentes.
Hytalo, conhecido por criar vídeos ao lado de adolescentes que ele chama de “Turma do Hytalo”, enfrenta acusações de usar a imagem de menores de forma inadequada. Em nota enviada ao UOL, o influencer, por meio de seu advogado, negou as acusações, afirmando que os vídeos seguem a legislação vigente e que já prestou esclarecimentos ao MPPB. Ele classificou as denúncias como “falsas acusações que produzem ataques à sua honra”.
O caso se soma a outras polêmicas envolvendo Hytalo Santos. Em outubro de 2024, a apresentadora Antonia Fontenelle o acusou de “sexualizar menores” em seus vídeos. Na época, Hytalo rebateu, defendendo-se e alegando que sempre prezou pelo bem-estar dos participantes. No entanto, o conteúdo levantou debates sobre a exposição de adolescentes no ambiente digital, especialmente em um cenário de aumento das denúncias de exploração infantil no Brasil.
De acordo com a ONG SaferNet, as denúncias de abuso sexual infantil na internet cresceram 77% no país em 2023, atingindo mais de 71 mil casos. A falta de regulamentação específica para influenciadores digitais que trabalham com crianças e adolescentes agrava o problema, segundo especialistas, que alertam para a necessidade de proteção legal e ética no ambiente digital.
A investigação segue em andamento, e o desfecho do caso de Hytalo Santos será acompanhado de perto. A situação serve como alerta sobre os riscos da exposição de menores nas redes sociais e a necessidade de responsabilização por parte dos criadores de conteúdo.