A cantora Ananda, integrante do grupo Melanina Carioca e conhecida pelo sucesso solo “Quero Que Tu Vá”, tornou-se alvo de comentários racistas atribuídos à modelo Ana Paula Minerato. O caso ganhou repercussão nesta segunda-feira (25), após o vazamento de um áudio em que Minerato, supostamente, usa termos depreciativos ao se referir à artista, incluindo menções ao cabelo e à origem racial de Ananda.

O áudio, que circulou nas redes sociais, teria sido uma conversa entre Minerato e o rapper KT. Nas falas, Minerato questiona o relacionamento de KT com Ananda, utilizando termos como “cabelo duro” e “neguinha”. O conteúdo foi amplamente condenado por internautas, gerando indignação e mobilizações contra atitudes racistas.

Ananda, de 26 anos, nasceu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e construiu sua trajetória artística desde a infância, quando começou a cantar na igreja e na escola. Como uma das vocalistas do grupo Melanina Carioca, a artista mistura elementos de samba, rap e funk, alcançando cerca de 50 mil ouvintes mensais no Spotify. Em sua carreira solo, a música “Quero Que Tu Vá” ultrapassou 95 milhões de visualizações no YouTube e 55 milhões de reproduções no Spotify.

Diante do ocorrido, Ananda reagiu com firmeza em suas redes sociais. “Estava aqui de boa na praia, curtindo minha vida, quando me deparo com esse absurdo. Bonita por fora, mas feia por dentro. É isso que você demonstra ser com esse tipo de atitude”, declarou em vídeo nos stories do Instagram. A cantora também garantiu que tomará as medidas legais cabíveis: “Agora você vai ver o que arrumou. O buraco vai ser mais embaixo. Não tenho medo de você.”

Ana Paula Minerato, que também trabalha como radialista na Band FM, ainda não se manifestou publicamente sobre o caso. A modelo foi desligada de todas as atividades da Gaviões da Fiel, onde era destaque no Carnaval. A escola de samba afirmou, em nota, que não tolera atitudes incompatíveis com seus valores e reforçou seu compromisso com o combate ao racismo.

O caso, destacado por veículos como g1, Itatiaia e Terra, reacendeu debates sobre racismo estrutural e o papel das figuras públicas no combate à discriminação. Até o momento, a repercussão segue mobilizando internautas e artistas em apoio à cantora.