LOS ANGELES – Ele é um dos brasileiros que mais brilha em Hollywood. E, dentre as suas mil e uma transformações, agora Rodrigo Santoro é pai de lobisomens em uma série cheia de mistérios: a Wolf Pack, que estreia o último capítulo na 6ª feira (17.mar). O ator contou detalhes sobre esse novo desafio em uma entrevista exclusiva na qual falou também da carreira de duas décadas atuando aqui na terra do cinema, novos projetos e como é ser latino em Hollywood.

Wolf Pack

Rodrigo Santoro entrou em um universo pela primeira vez, o dos lobisomens. É agora um guarda-florestal cheio de segredos. Além de se dedicar a proteger o meio ambiente, é pai adotivo de adolescentes que são parte humanos, parte animais. Cheio de mistérios, se vê em meio a várias crises. Uma experiência renovadora para o ator.

“A gente filmou em Atlanta no ano passado, durante cinco meses. É um gênero que eu nunca tinha feito, um suspense, sobrenatural. Já tinha flertado com isso em Lost, ficção científica em Westworld, mas este gênero específico eu nunca tinha feito. Trabalhei com atores mais jovens, foi uma experiência muito diferente. Trabalhei também com a Sarah Michelle Gellar (Buffy, A Caça-Vampiros, Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado, O Grito), que é também a protagonista da série e tem muita experiência neste gênero”, contou Santoro.

A primeira temporada de Wolf Pack está no ar desde janeiro, na Paramount +, e o oitavo e último episódio vai ao ar nesta sexta-feira (17).

“Ela vem crescendo a cada semana, é muito gostoso fazer parte de um projeto que cai no gosto do público porque a cada semana você recebe uma ótima notícia, por exemplo, na semana passada entrou no ranking das 10 mais assistidas nos Estados Unidos, competindo com Last of Us, comemora.

Santoro nos disse, em primeira mão, que a série tem tudo para ser renovada e está na torcida.

Latinidade

Para o ator, esse papel derrubou uma parede latina, já pelo nome do guarda-florestal: Garrett Briggs, que não traz nenhuma referência em ser latino. Uma luta dos atores que tentam entrar no mercado americano. Há 20 anos, Santoro foi convidado para fazer sua primeira participação em um filme em Hollywood, em As Panteras – Detonando. Tudo aconteceu, de repente, sem planejar quando apresentava o filme Abril Despedaçado aqui, veio o convite. Deste então é um dos brasileiros com maior presença em produções americanas e acompanha de perto – e colabora – nas transformações das últimas duas décadas. “Mudou muito o mercado e, ao mesmo tempo, falta muito para mudar”, disse o ator.

Reportagem: Cleide Klock

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