A atriz americana Teri Garr, uma das figuras mais memoráveis de Hollywood, faleceu aos 79 anos nesta terça-feira (29), segundo confirmou seu empresário. Garr, conhecida pelo talento cômico e pela atuação sincera, alcançou a fama no cinema e na TV, sendo indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em “Tootsie” (1982), uma das comédias mais aclamadas da década. Além desse sucesso, Garr se destacou por seu trabalho em filmes icônicos como “O Jovem Frankenstein” (1974), de Mel Brooks, e “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977), de Steven Spielberg. Na televisão, ela é lembrada pelo papel como mãe de Phoebe Buffay (Lisa Kudrow) na série “Friends”, que rendeu um novo grupo de fãs e reforçou seu carisma.
Nascida em 11 de dezembro de 1944, em Lakewood, Ohio, Teri Ann Garr cresceu em um ambiente artístico. Seu pai, Eddie, foi ator e artista de vaudeville com carreira na Broadway, e sua mãe, Phyllis, foi dançarina Rockette, famosa pela sincronia impecável nas apresentações do Radio City Music Hall. Garr inicialmente seguiu os passos da mãe no balé, mas seu talento e versatilidade logo a levaram a estudar atuação no Actor’s Studio, em Nova York, uma das mais prestigiadas instituições de formação artística nos EUA.
Ao longo de sua carreira, Teri Garr se destacou por papéis cômicos, mas com uma abordagem humana que fazia suas personagens parecerem acessíveis e próximas ao público. Sua atuação em “Tootsie”, onde interpretou a colega de trabalho e amiga do personagem de Dustin Hoffman, lhe garantiu uma indicação ao Oscar, consolidando seu nome em Hollywood. Em “O Jovem Frankenstein”, Garr brilhou como Inga, a assistente ingênua e divertida do Dr. Frankenstein, em um dos filmes mais queridos da comédia. Já em “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, seu papel foi dramático, ao lado de Richard Dreyfuss, mostrando sua versatilidade em diferentes gêneros.
Em 2002, Garr revelou publicamente que havia sido diagnosticada com esclerose múltipla, uma doença neurológica degenerativa que vinha afetando sua saúde por cerca de vinte anos. Apesar do diagnóstico, ela permaneceu ativa em eventos beneficentes e campanhas de conscientização sobre a esclerose múltipla, tornando-se uma defensora dos direitos das pessoas com essa condição. Em 2007, sofreu um aneurisma cerebral, precisando passar por uma cirurgia complexa. Mesmo assim, Garr continuou aparecendo ocasionalmente em eventos e entrevistas, sempre com bom humor e positividade, características que marcaram sua trajetória.
A carreira de Teri Garr foi marcada por sua presença em mais de 140 produções no cinema e na TV, e ela deixa um legado de performances memoráveis e inspiradoras. Garr, que também trabalhou como dubladora e em musicais da Broadway, se estabeleceu como uma figura carismática que conquistava o público por sua autenticidade e talento natural para a comédia.