O influenciador Diego Friggi, figura popular nas redes sociais com 668 mil seguidores e conhecido por seus sorteios de prêmios como carros de luxo, faleceu neste domingo (10), vítima de uma embolia pulmonar. Friggi, de São José dos Campos, aguardava há dois dias por uma vaga na UTI da rede pública, enquanto permanecia internado no Pronto Atendimento da Unimed. O falecimento do influenciador gerou comoção entre seguidores, amigos e familiares, além de trazer à tona uma discussão sobre a capacidade e prontidão dos serviços de saúde no município.

Horas antes de sua morte, Friggi usou suas redes sociais para expressar frustração com a falta de atendimento adequado, marcando o prefeito Anderson Farias (PSD) em uma mensagem contundente: “Estou há dois dias aguardando uma vaga ‘SUS’ de leito UTI e até agora nada. Cadê a saúde de nossa cidade?”, questionou. A postagem rapidamente ganhou repercussão, evidenciando a situação enfrentada por muitos usuários da saúde pública, especialmente em casos de emergência.

Em nota enviada ao jornal OVale, a Prefeitura de São José dos Campos lamentou a perda de Diego e explicou que, por ele ter um plano de saúde particular, a responsabilidade pelo atendimento era do hospital privado. A prefeitura citou a Lei 9.656/98, que determina que hospitais privados devem garantir cobertura em situações de emergência, independentemente de qualquer carência no plano. “O hospital particular tinha a responsabilidade de cuidar da vida do paciente,” reiterou a nota.

Despedida e comoção

A esposa de Diego, Bruna Martins, compartilhou uma mensagem emocionante nas redes sociais, dizendo: “Deus levou o amor da minha vida para ficar pertinho dele.” Bruna ainda destacou a alegria e o caráter generoso de Diego, lembrando-o como um pai dedicado e um marido amoroso. “Vamos lembrar do Diego alegre, festeiro, palmeirense, que amava um churrasco como ninguém. Pai incrível e um marido atencioso.”

O velório de Diego foi realizado ainda no domingo (10), na sala 6 da Urbam, e o enterro está programado para esta segunda-feira (11), às 15h30, no Cemitério Padre Rodolfo Komorek, em São José dos Campos.

A espera e a discussão sobre saúde pública

A morte de Diego Friggi reacendeu debates sobre as limitações e desafios da rede de saúde no município. De acordo com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), situações de risco de vida devem ser tratadas imediatamente, independentemente de vagas no SUS ou questões de carência nos planos de saúde. Para Bruna, esposa de Diego, houve negligência por parte do hospital, e ela espera que o caso gere reflexão e mudanças no atendimento para evitar que outras famílias enfrentem a mesma dor.

O espaço segue aberto para manifestação da Unimed sobre o caso.